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Saúde

Câncer de testículo que matou vocalista do Molejo cresce no Brasil e acende alerta

O câncer de testículo foi responsável por mais de 3.700 mortes no Brasil entre 2012 e 2021, das quais 60% entre homens de 20 a 39 anos, de acordo com o Atlas de Mortalidade do Inca

O mês de abril acabou, mas a atenção ao câncer de testículo deve continuar mesmo com o fim da campanha Abril Lilás. É o que alerta o urologista Flávio Antunes. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tumores de testículo respondem por 5% do total de casos de neoplasias malignas que acometem os homens. Uma das vítimas desse tipo de câncer foi o cantor Anderson Leonardo, que era vocalista do Grupo Molejo e morreu aos 51 anos na última sexta-feira (26/04).

O câncer de testículo foi responsável por mais de 3.700 mortes no Brasil entre 2012 e 2021, das quais 60% entre homens de 20 a 39 anos, de acordo com o Atlas de Mortalidade do Inca.

“Ao contrário de outros tipos de câncer, especialmente os urológicos, que tendem a ocorrer em homens mais velhos e estão relacionados ao envelhecimento, o câncer testicular é uma condição que afeta predominantemente os homens jovens. O autoexame dos testículos é um hábito importante para o diagnóstico precoce”, destacou.

Quando diagnosticado em estágio inicial, dentro do próprio testículo e sem metástase, possui índices de cura que variam entre 90% e 95%. O autoexame deve ser feito em pé, preferencialmente durante o banho, com água morna que faz a bolsa escrotal relaxar, ou em frente ao espelho, como a mulher faz em relação às mamas.

O adolescente, ou homem jovem, deve apalpar os testículos, comparando um lado e outro e verificando se há diferenças, sobretudo algum nódulo endurecido, se existe alteração de tamanho entre eles, dor no abdômen, na virilha ou no escroto.

Fatores de risco e sinais da doença

Homens que têm pai ou irmãos com histórico da doença devem ficar atentos já que a hereditariedade é um dos fatores de risco desse tipo de câncer. No entanto, o homem também deve observar outros fatores, como: puberdade precoce, criptorquidia (condição em que os testículos não desceram da cavidade abdominal para a bolsa escrotal, processo que deve ocorrer naturalmente.

O primeiro sinal da doença é quando o homem percebe um nódulo pequeno, duro e indolor. O câncer de testículo apresenta outros sinais e sintomas que pedem atenção, como: alterações no tamanho, forma e textura dos testículos; endurecimento; sensação de peso nos testículos; dor difusa na parte baixa do abdômen; sangue na urina e sensibilidade nos mamilos.

“Desde a adolescência, é recomendado que os jovens verifiquem seus testículos, comparando um lado com o outro e observando possíveis discrepâncias”.

Além do toque, o urologista pode avaliar a história clínica do paciente e solicitar uma ultrassonografia da bolsa escrotal. O tratamento padrão para os tumores de testículos pode incluir cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

*Com informações de assessoria 

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