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Colunista

Marcello Amorim

Governo Lula: Um Show de Emendas e Emendões

No circo político brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu dar um espetáculo de generosidade, liberando R$ 4,9 bilhões em emendas parlamentares. Um montante tão grande que até os cofres do Palácio do Planalto devem estar com torcicolo de tanto se esticarem para alcançar a bolsa de dinheiro.

O anúncio dessa chuva de dinheiro foi feito pelo ministro das Relações Interiores, Alexandre Padilha, que provavelmente estava se segurando para não soltar fogos de artifício enquanto anunciava a verba. Afinal, é muita emoção liberar tanto dinheiro de uma vez só.

E olha que o timing não poderia ser mais perfeito! Enquanto o Executivo e o Congresso Nacional jogam aquela partida de cabo de guerra, o governo resolve abrir os cordões da bolsa e surpreender a todos. Parece até que resolveram fazer as pazes à base de cifrões.

Mas não se engane, essa generosidade tem prazo de validade! Com essa bolada, o governo já atingiu a marca de R$ 13,8 bilhões liberados em emendas parlamentares só nos primeiros quatro meses do ano. É tanto dinheiro que até o Tio Patinhas ficaria com inveja.

E não se preocupe, amigo congressista, se você estava achando que seu pedido de emenda estava perdido nos labirintos do Planalto, o governo garante: o dinheiro vai chegar. Afinal, emendas parlamentares são como boletos atrasados, uma hora ou outra o pagamento chega.

Mas, convenhamos, o governo Lula está como aquele amigo que sempre prometeu te pagar aquele dinheiro emprestado: atrasa, enrola, mas no fim das contas, cumpre. Só esperamos que os parlamentares não tenham que esperar tanto quanto esperam a reforma política.

Enfim, enquanto os deputados e senadores reclamam da demora em liberar a verba, o governo mostra que, quando quer, consegue abrir o cofre e distribuir sorrisos (e alguns milhões) por aí. Resta agora saber como será o espetáculo dos próximos capítulos desse circo chamado política brasileira.

E que venham mais emendas, mais emendões e quem sabe até uma emenda constitucional para tornar obrigatória a presença de um arlequim no Congresso Nacional.

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