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Colunista

Marcello Amorim

A Guerra de Palavras na Corrida Eleitoral de Manaus: Um Conto da Antiga Roma

Era uma vez, em Manaus, uma cidade fervilhante de políticos ávidos pela cadeira de prefeito. No cenário caótico da corrida eleitoral, os pré-candidatos se transformaram em gladiadores das palavras, travando uma batalha verbal sem trégua.

Como num antigo coliseu, as arenas digitais e os palanques eram os campos de combate. Os pré-candidatos, ansiosos pelo poder, atiravam suas palavras afiadas como lanças, buscando ferir uns aos outros. As alfinetadas eram constantes, os ataques pessoais eram frequentes, e o respeito ao eleitor parecia ter se perdido nos corredores do poder.

Em meio a essa guerra de egos, a democracia sangrava. Os eleitores, muitos como espectadores sedentos por sangue, alimentavam o espetáculo com seus aplausos e compartilhamentos nas redes sociais. Cada insulto, cada difamação, era um golpe na credibilidade da política, um desrespeito àqueles que depositavam sua confiança nas urnas.

Mas havia um homem sábio, um ex-momo dos tempos da Grécia ou Roma antiga, que observava tudo com olhos tristes. Ele sabia que ser adversário não era ser inimigo. Governar, para ele, envolvia também o domínio das emoções, a capacidade de ser firme sem ser cruel, de ser crítico sem ser destrutivo.

Os pré-candidatos, perdidos na ânsia pelo poder, esqueciam-se dos valores essenciais. Capacidade criativa, espírito público, compromisso com as mudanças que a sociedade ansiava a cada eleição eram deixados de lado. A população clamava por líderes que não apenas falassem, mas que agissem, que não apenas criticassem, mas que propusessem soluções.

A voz do ex-momo ecoava pelos corredores do palácio municipal, lembrando aos políticos e eleitores que a política não deveria ser uma guerra, mas sim um serviço à comunidade. Enquanto os pré-candidatos se perdiam em suas batalhas de palavras vazias, a cidade clamava por líderes que se preocupassem verdadeiramente com seu bem-estar.

Assim, o conto da corrida eleitoral de Manaus continuava, com seus protagonistas ensimesmados em suas disputas mesquinhas. Mas, talvez, um dia, a sabedoria do ex-momo ecoasse mais forte, lembrando a todos que ser adversário não era ser inimigo, e que a verdadeira vitória estava em governar com empatia, respeito e compromisso com o bem comum.

Que Manaus volte a ser envolvida pelo espírito e oratória sublime de Jorge de Moraes, primeiro prefeito eleito e se encontre novamente, que volte a ser o palco de grandes manifestações democráticas, onde nobres líderes proclamam a justiça em suas praças.

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