China suspende compra de frango do Brasil por gripe aviária

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse, nesta 6ª feira (16.mai.2025), que a China suspendeu as compras de carne de frango brasileira. Segundo Fávaro, a medida ocorre porque o país não mudou o protocolo de comércio.

“O sistema brasileiro é tão robusto, tão confiável, que vários países passaram a trocar o protocolo sabendo que o Brasil sabe fazer a contenção, tem estrutura para fazer a contenção. Então, a restrição comercial fica na região do foco. E alguns países não mudaram o protocolo, que é o caso da China. A partir de hoje, por 60 dias, a China não estará comprando carne de frango brasileiro”, disse em entrevista à TV Centro América.

A suspensão foi anunciada depois de o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmar, mais cedo, o 1º foco do vírus da influenza aviária em aves de criação comercial no Brasil. A detecção foi feita em uma granja do município de Montenegro (RS). Desde 2006, há circulação do vírus, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa. Em nota, o ministério informou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos. Disse ainda que os produtos inspecionados permanecem seguros para consumo e que o risco de infecção humana é considerado baixo, geralmente restrito a pessoas com com contato direto com aves contaminadas (vivas ou mortas).

A pasta afirma que acionou as medidas de contenção e erradicação previstas no plano nacional de contingência. O objetivo, segundo o governo, é eliminar o foco da doença e manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e a segurança alimentar.

O ministério disse que também comunicou o caso à OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, aos parceiros comerciais do Brasil e a representantes da cadeia produtiva.

Segundo a pasta, o Serviço Veterinário Oficial é treinado e equipado para lidar com a doença desde os anos 2000. Entre as ações preventivas adotadas no país estão diante deste 1º foco de gripe aviária estão:

• monitoramento de aves silvestres;
• vigilância epidemiológica em granjas comerciais e de subsistência;
• capacitação de técnicos públicos e privados;
• ações de educação sanitária;
• fiscalização em pontos de entrada de animais e produtos.

“Tais medidas foram cruciais e se mostraram efetivas e eficientes para postergar a entrada da enfermidade na avicultura comercial brasileira ao longo desses quase 20 anos”, informou.

*Poder360