Política
Lula silencia e Rui Costa fala em “confissão de crime”, em ato pró-Bolsonaro
“Quem tem que fazer avaliação são eles”, disse o ministro da Secretaria de Comunicação Social de Lula sobre o ato pró-Bolsonaro no domingo

Reprodução YouTube/ Silas Malafaia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus ministros evitaram falar sobre a dimensão do ato pró-Bolsonaro realizado no último domingo (25/2) na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Lula foi questionado sobre o ato em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (26/2), no Palácio do Planalto, para lançamento do Programa de Democratização de Imóveis da União. O petista, no entanto, não respondeu.
Após o evento, os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Rui Costa (Casa Civil) foram abordados por jornalistas sobre o assunto.
Pimenta disse: “Quem tem que fazer avaliação são eles”. Questionado se achou o número de participantes expressivo, ele respondeu que só assistiu às partidas de futebol no domingo.“Eu ia deixar de ver o Grenal [Grêmio x Internacional]? Pelo amor de Deus”, completou. E concluiu: “Quando a gente fizer um ato, aí vocês nos perguntam se a gente achou bom, se a gente achou ruim, se foi mais gente que a gente queria…”.
O ministro Rui Costa, por sua vez, disse que, “diante do que tinham divulgado e da força que tiveram no passado”, não tem surpresa.“Surpresa se refere apenas ao conteúdo, à confissão dos crimes praticados. O Brasil inteiro ficou surpreso pela primeira vez na história pessoas que cometeram eventos criminosos chamam evento em praça pública e na praça pública, em frente à multidão, confessam o crime e vão além disso. Pedem perdão, anistia, pelos crimes cometidos”, disse Costa.
“Com o nível de radicalização e ódio alcançado, não vamos resolver isso em poucos meses, é um processo pela racionalidade e pela volta da paz ao país. Está acontecendo lentamente”, completou.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública paulista (SSP-SP), 750 mil pessoas, no total, participaram do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas estimativas do órgão, o número leva em conta o público reunido na avenida, de 600 mil, e também nas ruas adjacentes, onde se aglomeraram 150 mil pessoas.

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