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Manaus

Greve de ônibus paralisa Manaus pelo segundo dia e afeta 300 mil passageiros

Até o momento, 397 veículos de sete empresas estão parados desde as 4h

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Reprodução

A paralisação de 30% da frota de ônibus de Manaus completou o segundo dia nesta quarta-feira (16), impactando diretamente cerca de 300 mil usuários do transporte público. A greve, autorizada pela Justiça, é liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, que reivindica reajuste salarial de 12% e a manutenção dos cobradores nos veículos.

Justiça impõe regras para minimizar impacto

O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11) determinou que 70% dos ônibus circulem nos horários de pico (6h-9h e 17h-20h) e 50% nos demais períodos. Descumprir a ordem acarreta multa de R$ 60 mil por hora. A decisão também proíbe bloqueios em garagens e exige que manifestações ocorram a 150 metros dos terminais. Até o momento, 397 veículos de sete empresas estão parados desde as 4h.

Negociações emperram, e sindicato ameaça ampliar greve

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, afirmou que a paralisação de terça (15) foi um “aquecimento” e que a greve oficial começou nesta quarta. No entanto, não houve avanço nas negociações com o Sindicato das Empresas (Sinetram) e a Prefeitura. Enquanto os trabalhadores pressionam pela manutenção dos cobradores – ameaçados pela modernização do sistema de bilhetagem –, as empresas defendem a retirada gradual do cargo, alinhada a acordos com o Ministério Público.

Prefeitura pede diálogo, mas cobra responsabilidade

Em nota, a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), afirmou que “monitora com atenção” a greve e defendeu o diálogo para soluções que “preservem os direitos da categoria e a regularidade do transporte”. O Sinetram destacou que as negociações da Convenção Coletiva 2025/2026 estão em curso, com propostas de reajuste salarial em discussão, mas sem consenso.

Enquanto isso, passageiros enfrentam ônibus superlotados e atrasos. A categoria alerta que a greve pode se estender até que as demandas sejam atendidas, ampliando o caos na mobilidade urbana.