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‘Língua do ser humano mata’: pastor de 15 anos defende pais chamados de ‘pilantras’ após acusações de exploração religiosa
Em discurso gravado, Miguel relatou o custo emocional das acusações

Reprodução
Em um desabafo emocionado durante um culto, o pastor adolescente Miguel Oliveira, de 15 anos, rebateu as acusações de que seus pais seriam “pilantras” por supostamente incentivarem sua atuação religiosa para ganho financeiro. O jovem, que enfrenta ameaças e críticas desde que vídeos de seus cultos viralizaram, usou a frase “a língua do ser humano mata mais do que a cobra” para denunciar o impacto das calúnias contra sua família, especialmente em meio ao câncer que afeta sua mãe há cinco anos.
“Meus pais não são crentes, mas são vítimas”
Em discurso gravado, Miguel relatou o custo emocional das acusações:
“Tem um rapaz que fez uma série de vídeos dizendo: ‘seus pais são pilantras’. Meu pai nem crente é. Minha mãe tem câncer há cinco anos. As pessoas entram no culto com canivete na cintura, ameaçam de morte na internet… Isso é covardia”, desabafou, destacando que a difamação tem sido mais letal que as agressões físicas.
A fala ocorreu dias antes de o Conselho Tutelar de Carapicuíba (SP) proibir a família de divulgar vídeos do adolescente, após denúncias de exploração religiosa e negligência. Autoridades suspeitam que o jovem seja usado para angariar doações com falsas promessas de cura – como a alegação de que ele teria curado uma mulher de câncer, contraditória ao fato de sua própria mãe lutar contra a doença há anos.
Ironia e críticas nas redes
Internautas não pouparam questionamentos:
“Como ele diz curar câncer, mas não cura o da própria mãe?”, indagou um usuário.
Outros lembraram que Miguel afirma ter sido curado de surdez e mudez na infância, mas não apresenta laudos médicos que comprovem a deficiência original.
Família sob pressão
A situação levou os pais de Miguel a registrarem boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo devido a ameaças de morte. Em nota, assessores do adolescente afirmaram que a família decidiu se afastar da mídia: “As ameaças estão absurdas. Xingamentos e coisas absurdas. Já foram na delegacia, e nada acontece”.
O que dizem as autoridades
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Conselho Tutelar: Proibiu a exposição do menor e orientou a família, com apoio de psicólogos, sobre os riscos da viralização.
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Ministério Público de SP (MPSP): Investiga se houve violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como exposição a riscos ou exploração financeira.
Entre a fé e a polêmica
Miguel, que lidera cultos na Assembleia de Deus Avivamento Profético, em Carapicuíba, insiste em sua “missão divina”, iniciada aos 3 anos. Enquanto seguidores o veem como um “profeta mirim”, críticos o acusam de ser um “anticristo”.

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