Economia
Energia mais cara: Junho terá bandeira vermelha
Aneel anuncia cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh a partir de junho. Condições desfavoráveis elevam custo da geração de energia

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na sexta-feira (31), que a bandeira tarifária para junho será vermelha no patamar 1. Com isso, a conta de luz ficará mais cara no próximo mês para os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Hoje em vigor, a bandeira amarela será substituída, o que representa uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
Condições climáticas e baixo nível dos reservatórios motivam mudança
De acordo com a Aneel, a decisão se baseia em dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que apontam afluências abaixo da média em todo o país. A redução na geração hidrelétrica exigirá o acionamento de fontes mais caras, como as usinas termoelétricas.
“Projeta-se uma redução da geração hidrelétrica em relação ao mês anterior, com um aumento nos custos de geração devido à necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas”, informou a Aneel em nota.
Aneel já previa possível acionamento da bandeira vermelha
O diretor-geral da Aneel, Sandoval de Araújo Feitosa Neto, já havia antecipado a possibilidade de acionamento da bandeira vermelha durante o XP Fórum Político Setorial Energia 2025.
“É possível que as bandeiras tarifárias se posicionem entre o patamar amarelo e o vermelho até o fim do ano, caso se confirmem as condições desfavoráveis”, afirmou.
Feitosa destacou ainda que os níveis de armazenamento dos reservatórios estão abaixo de 71%, inferior aos 75% registrados no mesmo período de 2024. Além disso, a ampliação da faixa de isenção para consumidores de baixa renda e o aumento dos custos de geração também influenciaram a decisão.
O que são as bandeiras tarifárias?
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias informa ao consumidor sobre o custo real da geração de energia no momento do consumo. A ideia é oferecer um sinal de preço, incentivando o uso consciente da energia.
Antes da adoção do modelo, os custos variáveis da geração eram repassados apenas nos reajustes tarifários anuais, corrigidos pela taxa Selic.
Entenda o que significa cada bandeira
- Bandeira verde: condições favoráveis. Sem acréscimo na tarifa.
- Bandeira amarela: condições menos favoráveis. Acréscimo de R$ 1,885 por 100 kWh.
- Bandeira vermelha – Patamar 1: geração mais custosa. Acréscimo de R$ 4,463 por 100 kWh.
- Bandeira vermelha – Patamar 2: geração ainda mais cara. Acréscimo de R$ 7,877 por 100 kWh.
*Com informações do Extra

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