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Economia

Contas de luz e combustíveis mais caros guiam avanço de 0,23% da inflação em agosto

Nova aceleração faz IPCA acumular alta de 4,61% nos últimos 12 meses e já se distanciar novamente do centro da meta, diz IBGE

Foto: Edu Garcia/R7

A inflação oficial de preços do Brasil ganhou ritmo pelo segundo mês seguido ao subir 0,23% em agosto, mostram números divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A nova aceleração do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi puxada pela alta no valor das contas de luz (+4,59%) e dos combustíveis (+0,87%). Os aumentos revertem a deflação de 0,85% apurada nos alimentos.

A inflação oficial de preços do Brasil ganhou ritmo pelo segundo mês seguido ao subir 0,23% em agosto, mostram números divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A nova aceleração do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi puxada pela alta no valor das contas de luz (+4,59%) e dos combustíveis (+0,87%). Os aumentos revertem a deflação de 0,85% apurada nos alimentos.

Entre os combustíveis, o avanço dos preços é motivado pelo aumento da gasolina (+1,24%) e do diesel (+8,54%). As variações determinaram a alta de 0,34% do grupo de transportes. Por outro lado, etanol (-4,26%) e gás veicular (-0,72%) caíram na comparação com julho.

Ainda no segmento dos transportes, também se destaca a alta do automóvel novo (+1,71%), influenciada pelo fim do programa de descontos do governo federal para estimular o setor automotivo. Também pesa no bolso o preço do táxi (+0,43%), decorrente do reajuste de 20% nas tarifas em Fortaleza (16,29%).

Com as variações, a inflação registra alta de 4,61% no acumulado dos últimos 12 meses, movimento que já afasta o índice de preços da meta de 3,25%. A margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%) ainda não foi superada. No ano, o índice tem alta de 3,23%.

Alimentação

Na passagem de julho para agosto, a queda do grupo de alimentação e bebidas (-0,85%) deve-se principalmente ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). Entre os destaques aparecem as variações negativas da batata-inglesa (-12,92%), do feijão-carioca (-8,27%) e do tomate (-7,91%),

Também ficaram mais baratos o leite longa vida (-3,35%), o frango em pedaços (-2,57%) e as carnes (-1,9%). No lado das altas, o arroz (1,14%) e as frutas (0,49%) subiram de preço, com destaque para o limão (51,11%) e para a banana-d’água (4,9%).

A alimentação fora do domicílio (0,22%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,21%), em virtude das altas do lanche (0,3%) e da refeição (0,18%). Em julho, as variações desses subitens haviam sido de 0,49% e 0,15%, respectivamente.

*Com informações de R7