Cultura
Garantido leva trajetória de lutas e glórias na última noite do 56º Festival Folclórico

Na última noite do 56º Festival Folclórico de Parintins, o boi-bumbá Garantido, que mais uma vez foi o primeiro a entrar na arena do Bumbódromo de Parintins (a 369 quilômetros a leste de Manaus), fez uma viagem sentimental na trajetória de lutas e glórias do Boi do Coração na testa. A apresentação emocionou os torcedores da baixa do São José, que estão na expectativa de levar o título de campeão deste ano. A apuração ocorre nesta segunda-feira (03).
Paulinho Faria, Emerson Maia, Maria Ângela e Dona Xanda (mãe de Lindolfo Monteverde) foram alguns dos importantes personagens do bumbá celebrados nesta noite. Toadas como “Mapinguari”, de 1997, e Coração de Batuqueiro, de 2004, clássicos encarnados, emocionaram a galera do boi vermelho e branco.
O diretor de arena do bumbá Garantido, Telo Pinto, explicou o motivo do bumbá relembrar momentos importantes ao longo da história do Boi do Povão.
“Para marcar a tradição do Garantido. O Garantido é ‘Por Toda a Vida e se é por Toda Vida’ tem que sempre resgatar suas tradições e relembrá-las. O nosso espetáculo é focado, principalmente, na tradição do nosso boi-bumbá, lá da Baixa, lá do São João. Um Festival realmente muito nostálgico para todos nós. E o Garantido está preparado para ser campeão do Festival”, disse Telo.

Foto: Lucas Silva/Secom
Participando da apresentação do Garantido como Pai Francisco há dois anos, Orlan Bertrand, 28, relembrou que, por muito tempo, Pai Francisco e Mãe Catirina foram figuras caricatas e essa nova proposta visa dar uma nova roupagem a esses personagens.
“São figuras pretas dentro do Festival de Parintins. A gente tem o papel de dar protagonismo a esses itens da tradição do Boi-Bumbá. A lenda do Boi-Bumbá começa com eles, Pai Francisco e Mãe Catirina. Quando a gente vem representar esses itens é preciso ter muita responsabilidade e muito além do que a história contou dentro da arena”, acrescentou Orlan.

Foto: Lucas Silva/Secom
A agremiação montou um cenário que reviveu o terreiro onde nasceu o Garantido e tablados usados como palco nos primeiros Festivais, além de ‘acender’ lamparinas para recordar as ruas de Parintins no início do boi.
As noivas Nina Reis, 25, e Ana Letícia Magalhães, 30, são do Rio de Janeiro, e vieram assistir ao Festival de Parintins pela primeira vez. O casal planejou a viagem durante seis meses, as duas ficaram encantadas.
“É mágico, é uma magia. É uma grandiosidade que só existe aqui, uma coisa muito única. Eu já sabia que tinha, mas estar perto e ver é outra coisa gigante. Ver as pessoas saindo de dentro das alegorias é uma loucura”, disse Ana Letícia. “Eu achei uma produção absurda, achei muito interessante, fiquei surpresa porque eu achava que era meio como o carnaval no Rio, mas eu achei bem maior na verdade”, acrescentou Nina.
Neste ano, o evento se fundamenta em três pilares: cultura, turismo e sustentabilidade. Durante o Festival, ações também fortaleceram a Campanha de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Turismo, com o tema “Exploração sexual de crianças e adolescentes não é turismo. É crime”, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
*Com informações da assessoria

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