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Amazonas

Temperatura da água de lago chegou a 39ºC no dia de mortes de botos no AM

População de Tefé (AM), que mora perto de lago, deve evitar contato com as águas por causa da decomposição dos animais

Uma tragédia ambiental está em curso na Amazônia, onde mais de cem botos vermelhos e tucuxis, que viviam em um lago, em Tefé (a 523 quilômetros de Manaus), apareceram mortos nesta semana. As causas ainda não foram confirmadas, mas há indícios de que a seca histórica dos rios e a temperatura das águas na casa dos 39ºC estejam ligadas à mortandade.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou, no sábado (30), que vai apurar o desastre ambiental e que já mobilizou para a região equipes de veterinários. O número de mortes de botos é consolidado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, que atua na região.

A ONG lançou um alerta à população que mora nas proximidades do Lago Tefé para evitar o contato com as águas do lago e o uso recreativo por causa do risco de contaminação por conta dos animais em decomposição.

A catástrofe ambiental no Amazonas está relacionado ao fenômeno El Niño, que, em outubro, deverá provocar mais chuvas no Sul e diminuição das precipitações no Norte e Nordeste. Ou seja, há grandes chances de novas enchentes no Rio Grande do Sul e uma piora no quadro — já grave — de seca no Amazonas. Os botos atuam como sentinelas da qualidade da água e são os primeiros a ser afetados com mudanças provocadas no ambiente.

O ICMBio monitora os animais ainda vivos, busca e recolhimento de carcaças, coletas de amostras para análises de doenças e da água e “monitoramento das águas do lago, incluindo a temperatura da água e batimetria dos trechos críticos”, segundo nota oficial.

No domingo (1º), a prefeitura de Tefé, o ICMBio e a Defesa Civil fez uma ação emergencial para a retirada dos animais ainda vivos do lago. Um levantamento da Defesa Civil do Amazonas indicou que, até segunda-feira (2), 21 municípios do estado estavam em situação de emergência, outros 37 em alerta e dois em atenção.

O governo estadual projeta que, devido a influência do fenômeno El Niño, a estiagem venha a afetar mais de 50 municípios e 500 mil pessoas.

Foto: Miguel Monteiro/Instituto Mamirauá

*Com informações de R7 

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