Amazonas
Presidente eleita do TCE-AM denuncia Ari Moutinho por agressão
Yara afirmou que as agressões ocorreram enquanto ela estava no plenário, na presença de várias testemunhas

A presidente eleita do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), conselheira Yara Lins, apresentou denúncias de agressões verbais que teriam sido proferidas pelo conselheiro Ari Moutinho, colega de poder da Corte de Contas. A denúncia foi formalizada nesta sexta-feira (6).
O caso aconteceu durante a eleição para definir o novo presidente do TCE, na última terça-feira (3).
“Nesse momento eu não estou aqui como conselheira, estou aqui como uma mulher. Uma mulher que foi covardemente agredida no plenário antes das eleições para me desestabilizar”, disse a conselheira.
Yara afirmou que as agressões ocorreram enquanto ela estava no plenário, na presença de várias testemunhas (Veja o vídeo no final da matéria). Quando cumprimentou o conselheiro Ari Moutinho, ele respondeu, segundo ela, proferindo palavras de baixo calão. Em coletiva de imprensa, a presidente falou sobre o ocorrido e afirmou que se sentiu covardemente agredida.
“Eu disse bom dia. Ele respondeu, bom dia nada, puta, safada, vadia. Eu vou te fud*r, porque fiz o mesmo com a Lindora no Ministério Público, você vai ver junto ao SJT”, relatou Yara, que fez a denúncia acompanhada do vice-presidente eleito do TCE, Luís Fabian Barbosa, do corregedor eleito, Josué Neto, e do filho dela, o deputado federal Fausto Jr.
A conselheira disse ainda em coletiva que espera que a justiça seja feita sobre o caso.
“Então eu acredito na justiça de Deus. Acredito na imprensa do meu estado e nas autoridades do meu Estado e do Brasil. Eu peço justiça. Porque eu sou a única mulher. A única conselheira do tribunal que representa as servidoras da minha instituição. Eu não aceito ameaças. Eu quero que a justiça puna o agressor para que acabe com a violência contra as mulheres. Fui agredida dentro da minha função. Depois que eu fui agredida eu fiquei paralisada e passei a mão no rosto dele e disse que ‘ele era um infeliz e por isso que sofre tanto’ e ele sarcasticamente jogou um beijo pAra mim. Depois na sessão, na minha fala, eu agradeci a Deus dizendo que tudo ‘posso naquele que me fortalece que eu só temos a Deus, não temo a homem e nem a ameaça’ e ele gritou da tribuna AMÉM”, relatou a conselheira.
A advogada de defesa de Yara Lins, Catarina Estrela esteve durante a coletiva e enfatizou em quais artigos os crimes se caracterizam.
“Se verifica três crimes. Uma injúria que ela foi xingada. Verifica também o crime de ameaça e de tráfego de influência. De dizer que tinha no STJ uma influência”, disse a advogada.
“Foi uma conduta criminosa ocorrida e a lei pune pessoas que cometem crime e deve portanto sofrer competências tanto administrativa, criminal e civil. Portanto, tudo isso se inicia hoje. A doutora Yara se apresenta como vítima de violência dentro do seu trabalho”, enfatizou a delegada.
De acordo com a advogada de defesa de Yara Lins, essa é a primeira vez que Auri fez isso diretamente com ela no plenário. Mas o comportamento do conselheiro com outros servidores e autoridades já foi questionado e ele já foi agressivo.
Os crimes atribuídos por Yara Lins a Ari Moutinho se encaixam nos artigos 139 e 140 do Código Penal, que definem os crimes contra a honra. Para cada um dos artigos, a pena é de três meses a um ano de detenção, além de multa.
Veja o vídeo:
*Com informações

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