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Amazonas

Vazante histórica: Rio Negro registra pior seca da história ao atingir 13,59 metros em Manaus

A marca supera a seca mais extrema do Rio Negro já registrada, ocorrida em 2010, que registrou 13,63m

Foto: Natasha Cintra/CANAL92AM

A seca no Amazonas atinge a marca de 13,59 metros, nesta segunda-feira (16) e torna-se a maior já registrada na história, em 121 anos de leitura pelo Porto de Manaus.

A marca supera a seca mais extrema do Rio Negro já registrada, ocorrida em 2010, que registrou 13,63m. Ainda neste domingo a marca registrava 13,69m, faltando apenas 6 cm para superar a de 2010, o que aconteceu nesta segunda.

De acordo com a Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento (GEA), que vem fazendo o monitoramento da vazante dos rios Negro e Amazonas, a tendência é de que o volume dos rios continue baixando até o final deste mês.

No final de setembro deste ano, o Serviço Geológico do Brasil (CRPM) emitiu um relatório em que apontou que o ápice da estiagem só deveria ocorrer nesta segunda quinzena de outubro, o que vai refletir ainda mais no cenário de calamidade da cidade.

Além da seca, que é recorde e tem deixado comunidades isoladas, a cidade precisou fechar escolas nas áreas rurais e sofre prejuízos na navegação de embarcações e com o escoamento de produção do Polo Industrial.

Na Zona Sul da capital, assim como em quase todas as zonas próximas ao rio e igarapés, toneladas de lixo doméstico estão expostos, a grande maioria garrafas e sacos plásticos, assim como barcos encalhados impossibilitados de navegar.

Fotos: Natasha Cintra/Canal92AM

O principal balneário da cidade, a Praia da Ponta Negra, foi fechada. Uma cerca foi montada para impedir a passagem de banhistas.

Foto: Phil Limma/Semcom

Até no Encontro das Águas, um dos pontos turísticos mais famosos da cidade, a seca deixou seu rastro de destruição e mudou a paisagem.