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Política

ALE-AM aprova reajuste escalonado de 9,41% para policiais e bombeiros; parcelas seguem até 2026

A decisão ocorre após protestos e cobranças das categorias por recomposição salarial diante da inflação acumulada

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Danilo Mello/Aleam

Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) aprovou, por unanimidade nesta quarta-feira (23/05), um reajuste salarial de 9,41% para servidores da Polícia CivilPolícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do estado. O aumento será dividido em duas parcelas e terá efeitos financeiros até 2026, em meio a pressões por melhorias nas condições de trabalho das forças de segurança.

Como funcionará o reajuste?

  • Primeira parcela (3,93%): Vigora retroativamente a partir de 21 de abril de 2024, com pagamento imediato.

  • Segunda parcela (5,48%): Valerá para o período entre 21 de abril e 30 de novembro de 2024, mas só será paga a partir de dezembro de 2024, dividida em 12 parcelas mensais até janeiro de 2026.

Urgência e consenso político

Os projetos foram protocolados na terça-feira (22) e tramitaram em regime de urgência, aprovados em menos de 24 horas. O presidente da ALE-AM, Roberto Cidade (UNIÃO), destacou: “Este reajuste é essencial para valorizar quem protege a população. A Casa mantém diálogo permanente com as categorias”.

O governador Wilson Lima (UNIÃO), que propôs o aumento após meses de negociação com sindicatos, afirmou que o percentual foi calculado com base na capacidade financeira do estado: “Garantimos dignidade a quem arrisca a vida nas ruas. É um reconhecimento justo”.

Contexto das negociações

A decisão ocorre após protestos e cobranças das categorias por recomposição salarial diante da inflação acumulada. Em 2023, servidores chegaram a ameaçar greve, mas recuaram após promessas de diálogo.

  • O reajuste será incorporado aos contracheques a partir de junho, considerando a retroatividade de abril.

  • As entidades de classe devem acompanhar a implementação das parcelas, que se estendem até 2026.

Repercussão

Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL-AM) classificou o acordo como “vitória parcial”, mas reforçou a necessidade de planos de carreira e melhoria estrutural. Já o Comando-Geral da PM agradeceu a agilidade da ALE-AM, destacando o “impacto positivo na moral das tropas”.

O reajuste evita um desgaste político maior para Wilson Lima, que enfrenta críticas por atrasos em obras e crise na saúde, às vésperas do início da articulação para as eleições de 2026.

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