Brasil
Inflação dos alimentos desafia Lula: Preços disparam 1,17% em março e medias do governo não seguram alta
O grupo de alimentação e bebidas foi o 2º maior responsável pela inflação em março, contribuindo com 0,25 ponto percentual para o IPCA geral

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
A inflação de alimentos e bebidas voltou a assombrar o governo Lula em março de 2025. O IPCA do setor acelerou para 1,17% no mês, pressionando o Índice Geral de Preços, que subiu 0,56%. Os dados revelam o desafio do Palácio do Planalto em conter o custo da cesta básica, mesmo após medidas como a isenção de impostos para importações e projetos de mudança no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
Contexto da Crise
O grupo de alimentação e bebidas foi o 2º maior responsável pela inflação em março, contribuindo com 0,25 ponto percentual para o IPCA geral. A alta persiste apesar das ações do governo, que incluem:
- Isenção de impostos para importação de itens como arroz, feijão e leite em pó (medida que atinge apenas 1% do total importado pelo Brasil).
- Proposta de reformulação do PAT, com ajustes nos vales-alimentação (VA) e refeição (VR) para reduzir encargos trabalhistas e, supostamente, baixar preços.
Medidas em Xeque
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende que mudanças no PAT podem “criar espaço para queda nos preços” ao regulamentar a portabilidade dos benefícios. A ideia é permitir que trabalhadores usem vales em diferentes estabelecimentos, aumentando a concorrência. No entanto, especialistas e entidades do setor criticam a estratégia:
- “A portabilidade de vales não é como a de contas bancárias. Não há garantia de que comerciantes reduzirão preços só porque o benefício é mais flexível”, argumenta um representante de sindicatos.
- “A isenção de impostos é simbólica. Sem políticas estruturantes, como estoques reguladores e incentivo à produção, o problema seguirá crônico”, avalia a economista Carla Mendes.
Inflação Geral: Alívio Enganoso
Embora o IPCA geral tenha desacelerado de 1,31% em fevereiro para 0,56% em março, o movimento não indica queda de preços, mas sim um ritmo menor de alta. Para famílias de baixa renda, que gastam até 30% do orçamento com alimentação, o cenário segue crítico.
O Que Esperar?
Haddad promete anunciar novidades sobre o PAT em 1 mês, mas adverte: “Não há solução mágica”. Enquanto isso, o governo estuda ampliar a lista de produtos com impostos reduzidos, ainda que o impacto direto seja limitado.
*Com informações de Poder360

Faça um comentário