Crime de ódio em Manaus: Suspeito invade sinagoga, espalha símbolos Nazistas e é preso

Um caso que mistura intolerância religiosa, ameaças a autoridades e alerta internacional chocou Manaus, nesta semana. André Elias Almeida Soares, 39, foi preso preventivamente na madrugada desta quarta-feira (9) após invadir uma sinagoga na última segunda (7), onde pregou símbolos nazistas e deixou documentos com links para conteúdos perturbadores, incluindo simulações de atos sexuais com crianças.

A Invasão e os Símbolos Nazistas

Segundo investigações do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP), o suspeito tentou contato com o rabino da sinagoga. Ao não encontrá-lo, fixou textos e imagens da suástica nazista nas paredes do local, caracterizando crime de racismo e discriminação religiosa. Durante a invasão, ele também espalhou arquivos digitais com montagens envolvendo filhos de autoridades em cenas explícitas, além de vídeos ameaçadores.

Histórico de Ameaças e Prisão

André Elias já era monitorado por uma série de ações violentas. Em 21 de março, foi flagrado no campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) portando um objeto semelhante a uma arma, causando pânico entre estudantes. Agora, a descoberta de HDs, celulares e computadores em sua casa – apreendidos pela polícia – revelou um padrão de ameaças a figuras públicas e minorias religiosas.

Conexões Internacionais

A gravidade do caso levou a Embaixada dos Estados Unidos a solicitar acompanhamento direto ao Ministério da Justiça brasileiro. “Trata-se de um indivíduo de alta periculosidade, com potencial para ataques a grupos vulneráveis”, explicou uma fonte próxima às investigações.

Prisão Preventiva e Repercussão

O juiz Alcides Carvalho Vieira Filho deferiu a prisão preventiva após análise do delegado Marcelo Martins, que destacou os riscos de novas ações criminosas. “Além dos crimes de ódio, há indícios de produção de material ilegal envolvendo menores”, afirmou o delegado.

O Que Revelam as Evidências?

Perícias nos dispositivos apreendidos buscarão identificar redes de apoio e possíveis cúmplices. A polícia não descarta que André Elias atue em células extremistas, dada a complexidade dos arquivos encontrados, que incluíam detalhes sobre autoridades locais e estratégias de intimidação.

Contexto Alarmante

O caso acende um alerta para a segurança de instituições religiosas e acadêmicas em Manaus. Enquanto a comunidade judaica local reforça medidas de proteção, a UFAM avalia novos protocolos de vigilância. Para especialistas, o episódio reflete a urgência de políticas públicas contra o extremismo.

André Elias responderá por crimes de racismo, simulação de cena de exploração infantil e ameaça. A Defensoria Pública ainda não se manifestou, mas a expectativa é que o caso ganhe dimensão nacional e internacional devido ao envolvimento da diplomacia americana.

Veja o vídeo: