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China diz que ‘lutará até o fim’ contra tarifas de Trump
A manifestação foi realizada por um porta-voz do ministério, depois que Trump ameaçou colocar uma tarifa adicional de 50% sobre as importações chinesas

Jim Watson e Anthony Kwan / AFP
O Ministério do Comércio chinês afirmou, na manhã desta terça-feira, que “lutará até o fim” contra as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, contra o país. A manifestação ocorre horas antes do prazo dado pelo republicano para o país asiático desistir de retaliá-los.
Contramedida
A China voltou a dizer que tomará qualquer contramedida para salvaguardar os seus direitos e interesses diante do aumento das tarifas dos EUA. A manifestação, divulgada pela agência estatal chinesa Xinhua, foi realizada por um porta-voz do ministério, depois que Trump ameaçou colocar uma tarifa adicional de 50% sobre as importações chinesas.
“A China lutará até o fim se o lado dos EUA estiver empenhado em seguir o caminho errado.”, disse 0 porta-voz do ministério chinês.
EUA deu prazo para a China
Mais cedo, Trump disse hoje que a China tem até o meio-dia de terça-feira (8) para recuar das tarifas retaliatórias de 34% impostas contra os Estados Unidos. Após a manifestação, a China, que anunciou a medida na semana passada em resposta às sobretaxas de Trump ao país, já respondeu que não cede a ameaças.
Trump ameaçou colocar mais 50% de tarifas acima daquelas que já impôs anteriormente à China como resposta. Ele argumentou que o país governado por Xi Jinping fez isso por vários anos e ficou rico. “Nós estamos na Casa Branca e não vamos deixar isso acontecer. Eles estão se dando bem em cima da gente ao longo dos anos, ganhando centenas de bilhões de dólares, e isso não deveria acontecer.”
O republicano disse ter um “ótimo” relacionamento com o presidente chinês e afirmou esperar que “continue assim”. Trump também declarou ter “muito respeito” pela China, mas que o país oriental não pode impor tarifas retaliatórias aos EUA. O presidente dos Estados Unidos disse que vai dialogar com a China e com outros países que querem fechar acordos mais justos.
Mais cedo, o estadunidense afirmou que os EUA aplicarão tarifas adicionais de 50% ao país asiático. A nova medida será colocada em vigor a partir de 9 de abril se a China não voltar atrás, disse o presidente norte-americano na Truth Social.
“Não podemos deixar que as pessoas levem vantagem sobre nós. Venho falando isso há 35 anos, como o nosso país vem sendo roubado. Há 30 anos eram o Japão, depois foi outro, outro grupo, depois a China. A China talvez fez o melhor trabalho, francamente. E isso não vai acontecer mais.”, disse Donald Trump, presidente dos EUA.
Depois da fala, a China advertiu que não cederá às pressões ou ameaças. A manifestação do país asiático ocorreu após o presidente dos Estados Unidos prometer aumentar ainda mais as tarifas sobre os produtos chineses se Pequim tomar medidas de retaliação.
“Deixamos claro em diversas ocasiões que pressionar ou ameaçar a China não é a maneira correta de negociar conosco”. “A China defenderá com firmeza seus direitos e interesses legítimos”, declarou à AFP o porta-voz da embaixada chinesa nos Estados Unidos, Liu Pengyu.
*UOL

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