Amazonas
Mulher de sargento reage após Justiça decidir que dono de supermercados não irá a Júri por morte: ‘dúvida nenhuma de que ele assassinou’
A médica Elza Gonçalves reagiu com indignação a decisão que impronuncia o empresário Joabson Agostinho Gomes e outros cinco acusados do crime por falta de provas. Assassinato aconteceu em setembro de 2021

A médica Elza Gonçalves, ex-esposa do sargento do Exército, Lucas Ramon Guimarães, assassinado em setembro de 2021, reagiu com indignação sobre a decisão da Justiça do Amazonas em determinar que o dono de uma rede de supermercados, Joabson Agostinho Gomes, apontado como mandante do assassinato, e outros seis acusados não irão a julgamento pelo Tribunal do Júri por não haver provas suficientes.
A decisão é desta quarta-feira (26), assinada pelo juiz Fábio Lopes Alfaia. Apenas Silas Ferreira da Silva, apontado como o autor dos disparos que mataram a vítima, foi pronunciado, ou seja, a Justiça considerou que há provas suficientes contra ele e determinou que ele seja julgado por homicídio qualificado. O Ministério Público do Estado (MPAM) informou que recorrerá da decisão.
Em entrevista ao g1, na manhã desta quinta-feira (27), Elza questionou as motivações do magistrado em tomar a decisão que impronunciou o réu.
“Não consigo acreditar que ele teve coragem de fazer isso. A gente sabe o porquê, a gente deduz o porquê, e hoje resolvi fazer esse desabafo pela injustiça do nosso Brasil, que piorou em Manaus, e para todo mundo ficar sabendo disso e se indignar junto comigo”.
Além de Joabson, entre os impronunciados estão:
- Romário Vinente Bentes, gerente do supermercado de Joabson;
- Kamylla Tavares da Silva, que teria ajudado Romário a entrar em contato com Silas;
- Kayandra Pereira de Castro, que teria ajudado no contato com Silas;
- Kayanne Castro Pinheiro, também envolvida no contato com Silas.
A decisão judicial também determinou a revogação das medidas cautelares e assecuratórias contra esses cinco acusados, expedindo os respectivos contramandados. As medidas assecuratórias são restrições impostas pela Justiça para garantir que bens ou direitos não sejam alterados ou ocultados durante o processo. Com a revogação, essas restrições foram anuladas.
*Com informações de G1am

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