Manaus
“Em um passe de mágica, ele resolveu a Saúde e ajustou a Segurança”, diz presidente do Sindicato dos Médicos após Wilson Lima celebrar números das festas de fim de ano
Vianna questionou a lógica de associar a melhoria na saúde à redução de acidentes de trânsito.

Foto: Alex Pazuello e Diego Peres/Secom
O governador Wilson Lima apresentou nesta segunda-feira (6) os resultados das operações realizadas durante os feriados de Natal e Réveillon, destacando uma redução de 66,7% nos acidentes com vítimas fatais e 28,5% nos acidentes sem vítimas fatais, além de uma diminuição significativa na demanda nos hospitais e prontos-socorros de Manaus. No entanto, as declarações do presidente do Sindicato dos Médicos, Mario Vianna, foram duramente críticas ao discurso do governador.
Vianna questionou a lógica de associar a melhoria na saúde à redução de acidentes de trânsito. “É difícil acreditar que de uma hora pra outra o problema da saúde de anos sejam resolvidos apenas com ajustes na segurança pública. Em um passe de mágica, após seis anos de gestão, o governador Wilson Lima (União Brasil) fez a magia acontecer. Será que adquiriu novos poderes transformadores? Ou será que melhorou seus poderes de tentar ludibriar o povo?”, disse.
O governador, por sua vez, afirmou que as ações, realizadas com o apoio de 2,6 mil servidores em patrulhamento e fiscalização, impactaram positivamente as unidades de saúde, com destaque para a queda de 37% nos atendimentos nos prontos-socorros de Manaus. Além disso, ele mencionou a diminuição nas demandas de ortopedia e cirurgias gerais, com destaque para a redução de 60% no Platão Araújo.
Em resposta, Vianna não poupou críticas à gestão do governador, destacando que as reclamações da população e dos profissionais de saúde continuam a crescer.
“Uma coisa é certa, seu discurso ‘a bronca é comigo’ não convence a todos. A população denuncia, os profissionais alertam. Tenta acreditar ou convencer que tá tudo bem, apenas os que recebem para isso! Estamos de olho! Estamos de ouvidos atentos! E as reclamações não param de chegar!”, acrescentou Vianna.

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