Política
‘Plano A é Bolsonaro, posso ser o plano B”, diz Eduardo Bolsonaro sobre a eleição de 2026
A declaração foi feita durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) na Argentina, evento que reúne líderes conservadores.

Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou, na quarta-feira (4) que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segue sendo a principal opção do partido para a candidatura presidencial de 2026. No entanto, ele também se colocou à disposição como alternativa, dizendo ser o “plano B” para a eleição, embora tenha afirmado que ainda não é um pré-candidato ao cargo.
A declaração foi feita durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) na Argentina, evento que reúne líderes conservadores. Jair Bolsonaro, por sua vez, segue inelegível até 2030, após ser condenado em três ocasiões pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As condenações que resultaram em sua inelegibilidade envolvem abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação, sendo relacionadas a atos como a reunião com embaixadores em 2023, onde fez acusações sem provas sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral, e o uso da data cívica do Dia da Independência para fins eleitorais em 2022.
Apesar da inelegibilidade, Bolsonaro mantém a esperança de voltar a disputar a presidência e confia em uma possível anistia que o permita concorrer em 2026. Um projeto de lei que busca anistiar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro está parado no Congresso, aguardando a criação de uma comissão especial.
A aprovação do projeto poderia criar uma abertura para que Bolsonaro fosse beneficiado. No entanto, a aprovação do PL tem sido dificultada, especialmente após o atentado à bomba na sede do STF em novembro e a conclusão do inquérito da Polícia Federal sobre os atos de 8 de janeiro, que envolvem a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Além da inelegibilidade no campo eleitoral, Jair Bolsonaro enfrenta indiciamentos na esfera criminal, o que poderia torná-lo inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Ele está sendo investigado por fraude no cartão de vacinas, pelo caso das joias, e por sua participação na tentativa de golpe de Estado. Os indiciamentos ainda precisam ser avaliados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) antes que o ex-presidente possa ser formalmente denunciado.
O círculo de Bolsonaro continua a trabalhar para mantê-lo como opção para 2026, lembrando a estratégia do PT em 2018, quando, apesar da inelegibilidade de Lula devido à sua condenação, o partido lançou sua candidatura, permitindo que Fernando Haddad assumisse a cabeça de chapa após a impugnação de Lula.

Faça um comentário