Amazonas
Ex-comandante do CMA está entre os presos acusados de tramar a morte de Lula e Alckmin
Hélio Ferreira Lima foi destituído do cargo em fevereiro deste ano, devido ao início das investigações sobre a tentativa de um golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.

Foto: Divulgação
O tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima, que já comandou a 3ª Companhia de Forças Especiais do Comando Militar da Amazônia (CMA), está entre os presos da “Operação Contragolpe”, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular uma organização criminosa responsável pelo planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Hélio Ferreira Lima foi destituído do cargo em fevereiro deste ano, devido ao início das investigações sobre a tentativa de um golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. Na época, o nome do tenente-coronel do Exército apareceu em trocas de mensagens com Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A portaria que exonerou Lima foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 8 de fevereiro deste ano, no mesmo dia em que a operação foi deflagrada.
Operação
A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que também acatou o pedido da Polícia Federal (PF) para a prisão preventiva de Mário Fernandes, general da reserva e ex-chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro; Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo, majores das Forças Especiais do Exército; e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Na decisão, o ministro Moraes identificou os quatro principais alvos da operação como integrantes do grupo de elite dos militares conhecidos como “kids pretos”, especializados em operações especiais. A PF descreve Mário Fernandes como um investigado de perfil radical, com histórico de intenções antidemocráticas antes mesmo da eleição de 2022, e que esteve em contato com manifestantes acampados em frente ao Quartel General do Exército após o pleito daquele ano.
Durante as investigações, a PF reuniu indícios de que, além de planejar o assassinato dos dois líderes, o grupo tinha como objetivo impedir a posse do governo legitimamente eleito e restringir a democracia e o funcionamento do Poder Judiciário brasileiro. O planejamento do golpe, batizado pelos envolvidos de “Copa 2022”, teve início em novembro de 2022 e se estendeu até dezembro do mesmo ano.
O agente federal Wladimir Matos Soares foi apontado pela Polícia Federal como responsável por fornecer informações ao núcleo militar, colaborando para a execução das ações criminosas.

Faça um comentário